Olá, meus amigos! Saudações. Endodônticas. Acho que eu ia esquecer?
Bom, vamos lá explicar um pouco melhor e dar detalhes de uma das minhas metodologias de trabalho dentro desta gloriosa especialidade odontológica (Endodontia. Tinha dúvida?).
Vamos dar um sigla a este nome. THS. Técnica Híbrida Simples. Depois vou apresentar a THS-AF. Vai ficar curioso por uns tempos, até eu lançar o que essa segunda significa!!
A THS é realmente simples, mas requer treinamento, independente dos sistemas que você seleciona para trabalhar. Minha proposta de trabalho com ela é utilizar um sistema rotatório e outro reciprocante. Apenas. Por uma razão simples: quando fazemos um preparo de 2/3 dos condutos com um sistema rotatório com características próprias de orifice shaper, abro a possibilidade do meu segundo instrumento (lembre-se, reciprocante) trabalhar com menos fadiga e menor chance de fratura, além de economizar o meu instrumento final, permitindo, se for esta sua escolha, de utilizá-lo mais vezes em outros casos clínicos.
Como em toda e qualquer técnica, você vai precisar, na THS, valorizar a fase manual, de exploração e cateterismo. Com quantas limas forem necessárias, não somente com uma C-Pilot #10 e #15. A depender da complexidade anatômica que surja, será necessário começar com uma lima #8. As vezes, quiçá com uma #6. NÃO TENHA PRESSA. Trabalhe bem sua fase manual. Um excelente artifício é lançar mão de instrumentação oscilatória com auxílio de contra-ângulos oscilatórios. Isto pode ser a mudança de jogo em muitos casos!
Após a fase manual, um lima ProDesign S 25.01 para glidepath garante um caminho desimpedido e mais facilitado para os demais instrumentos. Só depois, entra-se com o preparo de 2/3 com o sistema rotatório. Minha sugestão é o instrumento ProDesign S 30.10 e 25.08, da Easy Equipamentos Odontológicos. As vezes, a depender do diâmetro do conduto e do nível de curvatura ou constrição na embocadura, basta a ProDesign S 25.08. Isto já conferirá um excelente diâmetro de embocadura para conduzir o restante dos trabalho. Por fim, o sistema reciprocante. Nesta postagem, sugeri a Reciproc R25 da VDW. Para finalizar o preparo, a lime de glidepath volta a ser acionada para garantir o livre acesso até o CT. Lembre-se de seguir com bastante rigor o seu protocolo de irrigação durante todo o tratamento, que inclui a aplicação de EDTA 17% como quelante de íons cálcio.
Hoje em dias há muitos sistemas disponíveis no mercado brasileiro. Cabe estudar e realizar o treinamento adequado. Nesta postagem, apresentei um EndoCard diferente, que mostra a THS de uma forma ilustrada. Mas tenha em mente que você pode utilizar qualquer instrumento rotatório e reciprocante da sua escolha. Desculpa a repetição de informação, mas depende mais de VOCÊ e do seu TREINAMENTO.
Para você ter uma idéia, é possível, até mesmo, trabalhar com sistemas considerados antigos e obsoletos, como por exemplo, a Protaper Universal da Dentsply-Maillefer, um sistema baseado numa liga de Níquel-Titânio sem tratamento térmico, com menor resistência a fratura. Não fique chateado. Mas tudo (ou quase tudo) depende de TREINAMENTO, e claro, saber até onde vai cada sistema, ou seja, reconhecer suas limitações.
Para você fazer o download do EndoCard da THS, CLIQUE AQUI.
Porque um dia sem Endo é um dia perdido!
Saudações. Endodônticas!!
Abraços!
Eliziário Vitoriano
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