Saudações endodônticas!

Vamos imaginar o seguinte. Você se dedica por 60 a 90 minutos para fazer um tratamento endodôntico de alto nível. O cansaço e a fadiga são sensações autênticas e elas estão ali do seu lado depois de todo esse tempo clínico, martelando na sua mente e no seu enfraquecido motor da força de vontade. É possível, então, que depois de todo o trabalho de alto nível que você precisou empreender para fazer uma endodontia legal você acabe caindo naquele pensamento: “vou só colocar aquele obturador provisório e tratamento encerrado!”

Caros colegas, não podemos descuidar. Mesmo estando cansados e fadigados após um grande trabalho realizado (em uma ou várias sessões), precisamos aumentar a probabilidade de que todo o esse esforço não seja em vão. O que quero dizer com isso? precisamos proteger e reforçar o remanescente dentário, visando com isso a prevenção de fraturas corono-radiculares.

Não é possível que aceitemos colocar um obturador provisório naquela endodontia maravilhosa, que você tem a plena segurança de que entregou o melhor resultado possível, de que lançou mão de tudo o que estava a sua disposição, para ter, no final das contas, um dente fraturado ou uma recontaminação por infiltração marginal de tudo aquilo que você se esforçou tanto para limpar e selar adequadamente.

Aqui abaixo, deixo uma sequência de um caso clínico com uma sugestão de abordagem para você fazer uma blindagem coronária imediata de maneira “relativamente” satisfatória. Vamos entender porque falo “relativamente”. O ideal seria realizar fazer a blindagem com um pino de fibra de vidro, protegendo o restante do remanescente com uma resina composta ou ionômero de vidro e fazer o devido encaminhamento ao colega especialista. Ou então você mesmo conduz a reabilitação estética e funcional do seu paciente, caso tenha o treinamento para isso.

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Todavia, uma alternativa bem interessante e acessível é utilizar coltosol nas embocaduras dos condutos e ionômero de vidro no restante da cavidade. E se necessário for, caso o remanescente dentário esteja bastante prejudicado, em especial envolvendo paredes proximais, pode entrar em cena um terceiro material que é a resina composta, como no caso mostrado aqui nesta postagem.

Falando um pouco sobre o caso tratado, foi um tratamento em sessão única do dente 27, com diagnóstico de pulpite irreversível sintomática. Conduzimos o tratamento com o sistema Protaper Universal, com técnica do cone único e compressão hidráulica, e cimento AH Plus.

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Vou deixar alguns links úteis para você ficar sempre ligado naquilo que tenho postado por aqui.

Porque um dia sem endo é um dia perdido!!

Abraços e vamos que vamos!

Eliziário Vitoriano

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